SAIBA MAIS SOBRE

O Protocolo PediaSuit de Terapia Intensiva com o macacão terapêutico ortopédico, apresenta resultados mais rápidos.

A terapia com o macacão terapêutico ortopédico, combinada com a terapia intensiva, consiste em um programa de 80 horas de tratamento realizadas em 4 semanas, seguidas de 2 semanas de terapia de manutenção, sendo que esse ciclo deverá ser repetido de acordo com a necessidade de cada paciente.

O programa combina fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia (em sua devida área de atuação) podendo de acordo com a necessidade de cada paciente, aliar nas horas da terapia de manutenção, demais tratamentos de reabilitação, que serão indicados conforme cada especificidade.

Em um programa de terapia regular seriam necessários mais de 6 meses para a criança completar 80 horas de terapia. Por esta razão, com o protocolo intensivo, os resultados podem ser vistos precocemente.

O protocolo é baseado em três princípios:

  1. Efeito do macacão terapêutico ortopédico (atividades realizadas contra a resistência dada pelos elásticos, aumento proprioceptivo e realinhamento postural - (IMPRESCINDÍVEL USO DO MACACÃO TERAPÊUTICO) ;
  2. Terapia Intensiva de QUATRO HORAS POR DIA / 5 DIAS POR SEMANA / DURANTE 4 SEMANAS - Seguidas da terapia de manutenção (Durante 2 semanas) - (Ciclo que deverá ser repetido de acordo com a necessidade de cada paciente);
  3. A participação motora ativa do paciente;

A sessão de 4 horas: inicia-se no colchonete com aquecimentos e exercícios terapêuticos. Esta parte dura cerca de 45 minutos. Logo após, o Macacão é vestido no paciente. Dentro das próximas três horas, as crianças executam atividades de fortalecimento muscular isolado na “gaiola Monkey” e, praticam transições na “gaiola Spider”. Além disso, atividades para melhora do controle postural, do equilíbrio, da coordenação, da marcha, e das habilidades motoras também são realizadas. 

Após duas horas de terapia os pacientes têm um intervalo de 15 minutos para um lanche. 

Após 4 semanas de terapia intensiva, os pacientes têm um período de manutenção de 2 semanas, isso significa que por 2 semanas eles irão participar de apenas 12 horas de terapia PediaSuit, 6 horas em cada semana, podendo ser aliado com as demais terapias de acordo com o já explicado. Após estas duas semanas de manutenção eles estão prontos novamente para o próximo ciclo de terapia intensiva por 4 semanas.

É imprescindível a formação nos cursos do Protocolo PediaSuit para que os profissionais (Fisioterapeuta, Terapeuta Ocupacional e Fonoaudiólogos) possam realizar atendimentos com o PediaSuit.

GANHO E MANUTENÇÃO DA FORÇA MUSCULAR E RESISTÊNCIA COM O PEDIASUIT

Treinamento muscular é o uso da contração muscular contra resistência para construir força, resistência e aumentar o tamanho das fibras musculares. Existem muitos métodos de treinamento de força, sendo o mais comum é o uso de gravidade. No caso do PediaSuit, a maioria dos pacientes cumprem a meta do treinamento de força com o uso de repetição, peso e a constante resistência dada pelas bandas elásticas. Os exercícios dependem da capacidade funcional de cada indivíduo e dos objetivos da terapia individual.

Quando adequadamente realizado, o treinamento de força pode proporcionar significativos benefícios funcionais, melhoria da saúde geral, incluindo um aumento da densidade óssea. Também uma melhora da função articular, uma redução no potencial de lesões e uma melhora da função cardíaca. As crianças que participam do protocolo PediaSuit apresentam melhoria na maioria ou em todas as áreas mencionadas acima. Este protocolo é intensivo por um período de quatro semanas com pouco descanso entre as séries para maximizar os ganhos da terapia. Esta parte do protocolo PediaSuit é projetada para aumentar o nível de neurotransmissores nas crianças. No entanto, cada criança deve ser acompanhada de perto, uma vez que o aparecimento da fadiga é uma realidade quando a frequência do exercício é intensa.

A fadiga muscular ocorre quando o músculo não é mais capaz de sustentar as contrações, ou produzir força, o que pode ocorrer em uma variedade de condições. Estas condições incluem: formação de lactato (um subproduto do metabolismo energético), esgotamento da fosfocreatina (um contribuinte para o metabolismo energético), a depleção de glicogênio (especialmente em atividades superiores a 30 minutos de duração), fadiga neuromuscular (causada por falha na transmissão neural, o que sinaliza a contração do músculo), e o sistema nervoso central também pode perceber a fadiga como um mecanismo de proteção.

A maioria dos pacientes atendidos na terapia intensiva apresentam algum tipo de desordem neurológica como paralisia cerebral, traumatismo cranioencefálico, síndromes genéticas, autismo, etc. Fadiga neuromuscular é o tipo visto com mais frequência na terapia intensiva.

Outro fato que preocupa os terapeutas durante o protocolo PediaSuit é a ingestão calórica. Muitas crianças vistas neste programa de terapia intensiva possuem gastrostomia (um tubo gástrico, que é introduzido através de uma pequena incisão no abdômen para dentro do estômago e é usado para a nutrição a longo prazo). Ao utilizarem o tubo, as crianças devem fazer um intervalo após duas horas de terapia para receber a nutrição necessária para o ganho de força. Crianças que recebem alimentação via oral, também fazem um intervalo de 15 minutos após 2 horas de terapia para reposição calórica.

A fase de manutenção, no âmbito do protocolo PediaSuit, permite que o paciente descanse da terapia intensiva. Os músculos experimentam um grande estresse depois de uma sessão de exercícios, tanto se o treinamento for realizado com peso ou se a atividade for aeróbica. A tensão sobre os músculos varia de acordo com a intensidade do exercício, quantidade de nutrientes na dieta e a duração da atividade em que os músculos foram trabalhados. Um intervalo é necessário para que o músculo se recupere para o próximo ciclo de exercícios.

Existem quatro componentes envolvidos na recuperação muscular: restauração de fluidos e eletrólitos, reposição do glicogênio muscular, redução do estresse imunológico e muscular e reconstrução da proteína muscular.

RESTAURAÇÃO DE FLUIDOS E ELETRÓLITOS

Durante o exercício, a água e certos minerais chamados eletrólitos são expelidos do corpo através da transpiração. A função do suor é de evitar que a temperatura do corpo suba durante o exercício, o que é importante, mas isto tem um custo, uma vez que a água e os eletrólitos desempenham funções importantes dentro do corpo, que não podem mais ser desempenhadas quando estes são perdidos através do suor.

Quanto mais água o corpo perde, menos eficaz o "sistema de refrigeração” se torna. Ao mesmo tempo, eletrólitos minerais como magnésio, sódio e potássio são necessários para uma variedade de processos que vão desde o transporte de nutrientes até a transmissão nervosa. 

O PROTOCOLO PEDIASUIT - REPOSIÇÃO DO GLICOGÊNIO MUSCULAR 

A fonte de energia primária para atividades de moderada a alta intensidade é o glicogênio armazenado nos músculos e no fígado e a glicose presente na corrente sanguínea. Ambos, glicogênio e glicose, são produtos da degradação de carboidratos, e por esta razão eles são muitas vezes chamados de "combustível do carboidrato". Após o exercício, quanto mais cedo o paciente começa a repor o glicogênio muscular consumindo carboidratos, melhor. Isso porque, após o exercício, as células musculares são muito mais receptivas à insulina, o hormônio responsável pelo transporte da glicose através da corrente sanguínea para o fígado e os músculos, onde podem ser armazenadas como glicogênio. O organismo pode sintetizar glicogênio 23 vezes mais rápido durante as primeiras duas horas após o exercício do que pode em outros momentos. 

REDUZINDO O ESTRESSE MUSCULAR E IMUNOLÓGICO 

A longo prazo, o treinamento muscular fortalece os músculos e o sistema imunológico. No entanto, treinos individuais podem lesar os músculos e suprimir temporariamente a função do sistema imunológico. Felizmente, a nutrição adequada pode minimizar esses efeitos e acelerar a recuperação dos mesmos.

A RECONSTRUÇÃO DE PROTEÍNA MUSCULAR 

Embora não seja uma fonte de combustível preferido, a proteína é usada para produzir energia durante o exercício prolongado, quando o glicogênio muscular se esgota. Este processo é conhecido como catabolismo. Além disso, a concentração elevada de cortisol no sangue, que está associada ao catabolismo, também dificulta a reconstrução da proteína muscular, desviando os aminoácidos para o fígado. Uma vez que a proteína é um importante elemento estrutural dos músculos, o catabolismo deixa os músculos em um estado de enfraquecimento. Para que os pacientes possam se recuperar e se adaptar a este esforço físico, eles precisam agir rapidamente para reconstruir a proteína muscular logo após o exercício. 

Créditos:

  • Luana Pedrozo (Terapeuta) 
  • Justin Thomas (Fisiologista) 
  • Leonardo de Oliveira (Criador e Terapeuta Ocupacional (A)
  • Silvana Vasconcelos (Terapeuta Instrutora do Protocolo PediaSuit).